terça-feira, 24 de agosto de 2010

“Trabalho do Executivo: O folclore e o Fato” de Henry Mintzberg

Resumo do texto “Trabalho do Executivo: O folclore e o Fato” de Henry Mintzberg

O texto de Henry Mintzberg Trabalho do Executivo: O folclore e o fato analisa o desempenho do executivo através do que realmente esse sujeito desenvolve dentro das organizações no seu cotidiano. Pretendendo nos afastar das idéias introduzidas por Henry Fayol quando cita que a função do executivo é planejar, organizar, coordenar e controlar.
Mintzberg vai muito mais além procurando desconstruir o que até então era tido como verdade fazendo uma descrição mais adequada e detalhada do trabalho do executivo. O autor inicia abordando alguns dos mitos encontrados no trabalho do executivo e contrapondo com as descobertas feitas em sua pesquisa.
O primeiro mito: O executivo é planejador sistemático e reflexivo. O autor aponta a brevidade e o dinamismo do trabalho do executivo, não sendo possível desempenhar em seu cotidiano ação de reflexão. Os executivos estão sempre respondendo a estímulos e atividades como planejamento, por exemplo, não ocupam lugar especifico em suas atividades, mas talvez implicitamente em suas ações diárias devido a situações emergenciais existentes na organização.
O segundo mito: O verdadeiro executivo não executa tarefa de rotina. Nos estudos feitos pelo autor verificou-se que o trabalho do executivo está cercado de atividades rotineiras, incluindo rituais, cerimônias e negociações, nesse momento o autor expõe três pontos importantes do papel do executivo: papel decisorial, interpessoal e informacional. É através da ação do executivo que o mesmo constrói possibilidades para o crescimento de sua empresa.
O terceiro mito: Os principais executivos necessitam de informações agregadas que podem ser melhor obtidas através de um sistema formal de informações gerenciais. Mintzberg destaca em seu estudo, que os executivos em sua maioria preferem a mídia verbal, o contato “direto” com seus envolvidos. Isso reafirmando a ação dinâmica que envolve o trabalho do executivo. No entanto, o autor levanta dois problemas importantes na ênfase dada à mídia verbal: o armazenamento das informações obtidas através desse artifício e a execução de tarefas importantes.
Afastando-se do sistema de informações gerenciais e utilizando-se da mídia verbal o trabalho do executivo torna-se centralizado, visto que, o administrador obtém as informações e as armazenas para si e desse modo dificulta que outra pessoa possa executar uma tarefa baseado nas informações obtidas pelo executivo, proporcionado assim, um dilema entre delegar ou não poderes aos seus subordinados, uma vez que, as informações não estão prescritas.
O quarto mito: A administração é, ou pelo menos está se transformando rapidamente, em ciência e profissão. Soube qualquer definição de ciência e profissão tal afirmação é falsa. O autor refere-se à questão do executivo em valorizar muito a mídia verbal e desse modo é em sua mente que define estratégias e toma decisões. Tudo muito ligado ao julgamento que o mesmo faz do contexto e sua intuição. É com base nessa afirmação que o autor demonstra desse trabalho com a ciência pura e simplesmente.
A imagem de chefe, de líder, torna o executivo responsável pelo trabalho de todos os funcionários da empresa, o mesmo tem uma visão privilegiada do todo e de seu lugar no mundo, o que o ajuda a tomar decisões. Deve motivar conciliando as necessidades individuais com objetivo da instituição. Utilizando seu tempo com todos os segmentos da empresa e contatos externos, ajudando-o a desempenhar atividades voltada na tomada de decisão.
E assim segue Mintzerg descrevendo o mundo real, na prática dos executivos para chamar a atenção de que todas as peças que componham a função do administrador são de suma importância para a manutenção e sucesso da organização. Retirar algo desse emaranhado resultará em fracasso na busca de uma boa administração empresarial, envolvendo pessoas e projetos que buscam qualidade de vida aonde o executivo vai desenhando seu perfil sem esquecer as particularidades de cada um.
E depois de uma análise da prática do executivo, o autor chama a atenção para as escolas de administração que preparam os alunos para o mercado de trabalho, pois a maioria delas não treina esses profissionais para a realidade dos executivos. E isso segundo o autor, ocorrerá quando as escolas cederem à prática colocando em destaque a preparação dos administradores na real condição de uma organização. É necessário um olhar mais apurado para essa profissão de suma importância para a sociedade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário