EDMILA SILVA DOS REIS
GILVAN TORRES FILHO
LIDIANE SANTOS DE ANDRADE
MAIANA DE ARAUJO SANTOS
Trabalho solicitado pela Profª Patrícia Martins da Disciplina Processos de Trabalho do Curso de Pós-graduação Gestão Social de Pessoas, como requisito parcial de Avaliação.
Inicia-se na Antiguidade, no uso da terra pelo trabalho rural onde a agricultura requer do homem trabalhador e de sua família o meio único de sobrevivência com a participação do trabalho infanto-juvenil que corrobora com os mesmos objetivos.
Pode-se perceber historicamente a evolução do trabalho no momento em que o jovem aprendiz participa na cooperação de ofícios medievais, mantendo uma relação com Mestres artesanais na aprendizagem e na produção primaria.
Já na Revolução Industrial necessita da força bruta, ágil, veloz para produção em massa que além do aspecto mão-de-obra adulta possa-se explorar mão-de-obra feminina e infantil. Especificamente na Revolução Inglesa leva a mão-de-obra juvenil a competir com os adultos nas fábricas sem diferenciação do salário, do tempo e dos ganhos entre as classes trabalhistas.
No Brasil a realidade escravocrata das diversas etnias que produziram e modificaram os recursos naturais e manufaturados além do direito da vida e morte dos proprietários sobre os seus escravos são o perfil que constatamos na história. O subdesenvolvimento do trabalho infanto-juvenil na economia da população é notório.
No século XX com a população praticamente rural destaca-se o trabalho com mão-de-obra familiar. Onde toda a família é envolvida no processo produtivo.
O mundo do trabalho está passando por uma fase de transição devido a não garantia de um contrato formal entre trabalhador e organizações.
Diante dessas mudanças podemos constatar o problema do ingresso do jovem no mercado do trabalho quanto a sua qualificação, ocupação no mercado competitivo e a falta de oportunidades.
Para os profissionais que se formam a cada ano, é necessário priorizar a qualificação profissional, pois muitos jovens quando ingressam na faculdade têm uma visão “romantizada” na profissão que exercerão e a partir dos primeiros estágios se desiludem, pois a realidade é diferente do que eles imaginavam. Isso acontece porque muitos jovens estão indo para a faculdade sem ter um conhecimento das profissões que escolheram e de sua própria capacidade, o que lhes falta é uma orientação profissional.
Em 2005, foram inseridos no mercado de trabalho 73.231 jovens aprendizes, 29.605 tiveram a carteira de trabalho assinada após fiscalização realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (TEM). Desde 2000, quando foi sancionada a Lei do Aprendiz (10.097), a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) realiza ações de fiscalização nos estabelecimentos comerciais de todo o País para garantir os direitos trabalhistas dos jovens aprendizes.
Os aprendizes são caracterizados por aqueles que têm 14 e 24 anos, podem ser contratados por empregadores ou organizações sem fins lucrativos. Eles tem o direito aos benefícios trabalhistas e previdenciários de acordo com o vínculo empregatício assumido.
Esta aprendizagem é uma das modalidades do Programa Nacional ao primeiro emprego (PNPE) e contempla duas funções: “a primeira fiscalização do cumprimento das cotas que devem ser obedecida de acordo com a Lei 10.097, de 2000. Essa ação é de responsabilidade dos auditores fiscais do trabalho, coordenado pela SIT”. A segunda função é exercida pela Coordenação Geral de Preparação e Intermediação de Mão-de-obra Juvenil da Secretaria de Política Pública de Emprego (SPPE), que desenvolve um trabalho de sensibilização junto ás empresas para que, ao cumprimento a cota de contratação de aprendizes, incluam na seleção jovens que estejam inscritos no cadastro do PNPE.
No âmbito comercial, segundo dados do DIESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudo Socioeconômicos), o comércio é outra porta para o ingresso dos jovens brasileiros no mercado de trabalho. O Sistema de Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) indica que em meados do ano 2008, 25% da ocupação deste setor é preenchido por jovens.
A presença destes jovens no comercio traz características variáveis que os favorecem no mercado de trabalho. Tais como: a facilidade de funções não especializadas e de baixa remuneração, associação e comercialização dos produtos destas organizações relacionados aos valores juvenis como expressão de vitalidade, energia e beleza, sustento tanto dos jovens como de suas famílias, diferenciação da remuneração entre jovens e adultos, rotatividade e escolaridade.
Segundo a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) vigente no país, mantém-se de forma geral a contratação padrão com carteira assinada, sendo que a proporcionalidade de contratos de jovens é maior de que os adultos. Verifica-se como amostra das capitais metropolitanas que 74,3% ,
Os jovens nascidos nos anos 80 e 90, contemporâneo da revolução digital e conhecido como geração Y, são inquietos e querem crescer rápido na carreira. São especialistas em lidar com tecnologia, usam mídias sociais com facilidade, sabem trabalhar em rede e estão sempre conectados. Mas se preocupam com o mercado de trabalho altamente competitivo e busca cada vez mais a formação superior e o ingresso na carreira como passaporte para a estabilidade profissional. Entre as principais características desse grupo está a vontade de aprender, a necessidade de compartilhar informações, o desejo de se destacar rapidamente na carreira e a obrigação de equilibrar vida pessoal e profissional.
Segundo dados da Redação Ig empregos, as profissões mais escolhidas pelos jovens brasileiros estão ligadas à ciência da computação e à matemática (21%), às engenharias (9%) e à área financeira (8%). É o que aponta pesquisa da Accenture, consultoria de gestão e tecnologia, realizada no primeiro semestre do ano, junto a 2.464 alunos de graduação de oito países: Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Índia, Rússia, China e Brasil.
Desta forma os jovens que desejam entrar no mercado de trabalho devem escolher com cuidado a profissão que irá exercer, fazer cursos para aperfeiçoar os conceitos universitários ou técnicos, buscar qualificação e especialização na área escolhida para poder encarar a competitividade e desafios que o mercado oferece.
Referências Bibliográficas
www.dieese.org.br/esp/boletimTrabalhoComercio3.pdf
www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/146.pdf (inserção do jovem brasileiro no mercado de trabalho – USP)
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,EDG87165-7943-219,00-GERACAO+Y.html
http://www.minhacarreira.com/2009/06/25/a-geracao-y-e-a-carreira-publica/
http://economia.ig.com.br/carreiras/pesquisa+revela+as+profissoes+mais+cobicadas+por+jovens+no+brasil/n1237728924212.html
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