domingo, 22 de agosto de 2010

A situação do jovem no mercado de trabalho x qualificaçaõ profissional

EDMILA SILVA DOS REIS

GILVAN TORRES FILHO

LIDIANE SANTOS DE ANDRADE

MAIANA DE ARAUJO SANTOS


Trabalho solicitado pela Profª Patrícia Martins da Disciplina Processos de Trabalho do Curso de Pós-graduação Gestão Social de Pessoas, como requisito parcial de Avaliação.


O trabalho Juvenil remonta várias etapas históricas em seu caráter “fácil”, ágil, exploratório e compensador mediante as exigências da evolução da produção no campo fabril, comercial e familiar.

Inicia-se na Antiguidade, no uso da terra pelo trabalho rural onde a agricultura requer do homem trabalhador e de sua família o meio único de sobrevivência com a participação do trabalho infanto-juvenil que corrobora com os mesmos objetivos.

Pode-se perceber historicamente a evolução do trabalho no momento em que o jovem aprendiz participa na cooperação de ofícios medievais, mantendo uma relação com Mestres artesanais na aprendizagem e na produção primaria.

Já na Revolução Industrial necessita da força bruta, ágil, veloz para produção em massa que além do aspecto mão-de-obra adulta possa-se explorar mão-de-obra feminina e infantil. Especificamente na Revolução Inglesa leva a mão-de-obra juvenil a competir com os adultos nas fábricas sem diferenciação do salário, do tempo e dos ganhos entre as classes trabalhistas.

No Brasil a realidade escravocrata das diversas etnias que produziram e modificaram os recursos naturais e manufaturados além do direito da vida e morte dos proprietários sobre os seus escravos são o perfil que constatamos na história. O subdesenvolvimento do trabalho infanto-juvenil na economia da população é notório.

No século XX com a população praticamente rural destaca-se o trabalho com mão-de-obra familiar. Onde toda a família é envolvida no processo produtivo.

O mundo do trabalho está passando por uma fase de transição devido a não garantia de um contrato formal entre trabalhador e organizações.

Diante dessas mudanças podemos constatar o problema do ingresso do jovem no mercado do trabalho quanto a sua qualificação, ocupação no mercado competitivo e a falta de oportunidades.

Para os profissionais que se formam a cada ano, é necessário priorizar a qualificação profissional, pois muitos jovens quando ingressam na faculdade têm uma visão “romantizada” na profissão que exercerão e a partir dos primeiros estágios se desiludem, pois a realidade é diferente do que eles imaginavam. Isso acontece porque muitos jovens estão indo para a faculdade sem ter um conhecimento das profissões que escolheram e de sua própria capacidade, o que lhes falta é uma orientação profissional.

Em 2005, foram inseridos no mercado de trabalho 73.231 jovens aprendizes, 29.605 tiveram a carteira de trabalho assinada após fiscalização realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (TEM). Desde 2000, quando foi sancionada a Lei do Aprendiz (10.097), a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) realiza ações de fiscalização nos estabelecimentos comerciais de todo o País para garantir os direitos trabalhistas dos jovens aprendizes.

Os aprendizes são caracterizados por aqueles que têm 14 e 24 anos, podem ser contratados por empregadores ou organizações sem fins lucrativos. Eles tem o direito aos benefícios trabalhistas e previdenciários de acordo com o vínculo empregatício assumido.

Esta aprendizagem é uma das modalidades do Programa Nacional ao primeiro emprego (PNPE) e contempla duas funções: “a primeira fiscalização do cumprimento das cotas que devem ser obedecida de acordo com a Lei 10.097, de 2000. Essa ação é de responsabilidade dos auditores fiscais do trabalho, coordenado pela SIT”. A segunda função é exercida pela Coordenação Geral de Preparação e Intermediação de Mão-de-obra Juvenil da Secretaria de Política Pública de Emprego (SPPE), que desenvolve um trabalho de sensibilização junto ás empresas para que, ao cumprimento a cota de contratação de aprendizes, incluam na seleção jovens que estejam inscritos no cadastro do PNPE.

No âmbito comercial, segundo dados do DIESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudo Socioeconômicos), o comércio é outra porta para o ingresso dos jovens brasileiros no mercado de trabalho. O Sistema de Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) indica que em meados do ano 2008, 25% da ocupação deste setor é preenchido por jovens.

A presença destes jovens no comercio traz características variáveis que os favorecem no mercado de trabalho. Tais como: a facilidade de funções não especializadas e de baixa remuneração, associação e comercialização dos produtos destas organizações relacionados aos valores juvenis como expressão de vitalidade, energia e beleza, sustento tanto dos jovens como de suas famílias, diferenciação da remuneração entre jovens e adultos, rotatividade e escolaridade.

Segundo a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) vigente no país, mantém-se de forma geral a contratação padrão com carteira assinada, sendo que a proporcionalidade de contratos de jovens é maior de que os adultos. Verifica-se como amostra das capitais metropolitanas que 74,3% , em Belo Horizonte e 50,8%, em Recife de jovens contratados contra de adultos acima de 25 anos no universo percentual de 55,6% e 37,1% para Belo Horizonte e Recife, segundo dado do Sistema de Emprego e Desemprego (5 – Dieese)

Os jovens nascidos nos anos 80 e 90, contemporâneo da revolução digital e conhecido como geração Y, são inquietos e querem crescer rápido na carreira. São especialistas em lidar com tecnologia, usam mídias sociais com facilidade, sabem trabalhar em rede e estão sempre conectados. Mas se preocupam com o mercado de trabalho altamente competitivo e busca cada vez mais a formação superior e o ingresso na carreira como passaporte para a estabilidade profissional. Entre as principais características desse grupo está a vontade de aprender, a necessidade de compartilhar informações, o desejo de se destacar rapidamente na carreira e a obrigação de equilibrar vida pessoal e profissional.

Segundo dados da Redação Ig empregos, as profissões mais escolhidas pelos jovens brasileiros estão ligadas à ciência da computação e à matemática (21%), às engenharias (9%) e à área financeira (8%). É o que aponta pesquisa da Accenture, consultoria de gestão e tecnologia, realizada no primeiro semestre do ano, junto a 2.464 alunos de graduação de oito países: Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Índia, Rússia, China e Brasil.

Desta forma os jovens que desejam entrar no mercado de trabalho devem escolher com cuidado a profissão que irá exercer, fazer cursos para aperfeiçoar os conceitos universitários ou técnicos, buscar qualificação e especialização na área escolhida para poder encarar a competitividade e desafios que o mercado oferece.

Referências Bibliográficas

www.dieese.org.br/esp/boletimTrabalhoComercio3.pdf

www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/146.pdf (inserção do jovem brasileiro no mercado de trabalho – USP)

http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,EDG87165-7943-219,00-GERACAO+Y.html

http://www.minhacarreira.com/2009/06/25/a-geracao-y-e-a-carreira-publica/

http://economia.ig.com.br/carreiras/pesquisa+revela+as+profissoes+mais+cobicadas+por+jovens+no+brasil/n1237728924212.html

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